O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) está desenvolvendo o satélite Amazônia 1B, com previsão de lançamento para os primeiros meses de 2027. O equipamento, sucessor do Amazônia 1 — primeiro satélite totalmente brasileiro —, será capaz de monitorar umidade do solo, áreas alagadas e degelo, além de auxiliar na previsão climática. Construído em São José dos Campos (SP), o satélite passa por testes em ambientes extremos, como câmaras de vácuo e reverberação acústica, para simular as condições do espaço.
Uma das principais funções do Amazônia 1B será o monitoramento de queimadas, complementando o trabalho de satélites já em operação. Dados como localização e direção do vento são transmitidos em tempo real para centros de controle, permitindo respostas rápidas de brigadistas. Em média, as equipes chegam aos focos de incêndio em até sete minutos após o alerta, utilizando equipamentos como bombas d’água e pulverizadores para conter as chamas.
Pesquisadores destacam que 95% dos incêndios são causados por ação humana, reforçando a necessidade de prevenção e fiscalização. O projeto integra esforços para enfrentar mudanças climáticas e reduzir danos ambientais, combinando tecnologia espacial e ações terrestres. A iniciativa faz parte de uma série de medidas para promover a recuperação de biomas e o uso sustentável dos recursos naturais.