O novo presidente do INSS foi nomeado com a tarefa de promover mudanças significativas na autarquia, após a demissão do antecessor devido a investigações de fraudes. Assessores presidenciais afirmam que a reformulação do órgão e a troca de diretores são medidas certas, destacando a necessidade de um perfil com experiência em auditorias para conduzir um amplo levantamento interno. O Planalto busca não apenas um nome técnico, mas um especialista capaz de restaurar a confiabilidade do INSS, que há décadas enfrenta problemas crônicos de irregularidades.
Entre as prioridades do novo presidente estão a organização do ressarcimento de valores descontados indevidamente de aposentados e pensionistas, além de uma reestruturação completa do órgão. O objetivo é eliminar as falhas que tornam o INSS vulnerável a fraudes, um desafio que também inclui a redução da fila de pedidos de benefícios — meta perseguida, sem sucesso, por governos anteriores. Nesta sexta-feira, uma reunião com representantes da AGU e da CGU marcará o início do plano de devolução dos valores fraudados.
Apesar da autonomia concedida, a nova gestão será monitorada de perto por outras áreas do governo responsáveis por investigações e controle. O primeiro passo será identificar as vítimas dos descontos irregulares e exigir que as entidades responsáveis comprovem a autorização desses valores. O governo evitou estipular um prazo para as devoluções, sinalizando que a prioridade é assegurar um processo transparente e eficiente. A reestruturação do INSS é vista como crucial para superar a crise política e recuperar a confiança na autarquia.