Samir Xaud foi eleito o novo presidente da CBF em uma eleição marcada por união de diversas frentes políticas, substituindo Ednaldo Rodrigues. A expectativa é que sua gestão, entre 2025 e 2029, traga uma renovação à entidade, com foco em modernizar estruturas e implementar ideias que não avançaram na administração anterior. Samir, que tem experiência na gestão do futebol em Roraima, promete reorganizar os estaduais e valorizar o futebol feminino, além de buscar maior eficiência financeira.
Entre os principais planos está a transferência da organização do Brasileirão Séries A e B para as ligas de clubes, enquanto a CBF ficaria responsável pelas Séries C e D, seleção brasileira e categorias de base. Outra proposta é reduzir o número de datas dos estaduais para 12, alinhando-se a uma tendência já em curso. Além disso, há discussões sobre fair play financeiro para controlar gastos dos clubes e a intenção de dar autonomia total a Carlo Ancelotti na seleção brasileira, evitando interferências políticas.
A CBF também enfrenta o desafio de reconstruir relações com a Conmebol e a Fifa, após perder influência no cenário internacional. Outras prioridades incluem investimentos na arbitragem e a atualização do estatuto da entidade, que está defasado devido a questões judiciais. Embora haja pressão para mudanças no sistema de votação, o tema ainda é delicado entre as federações. O novo presidente busca, assim, equilibrar inovação e estabilidade em um momento de transição para o futebol brasileiro.