O chronoworking, ou cronotrabalho, é um modelo de trabalho que permite aos funcionários ajustarem suas jornadas conforme seu ritmo biológico, aumentando a produtividade e o bem-estar. Criado pela jornalista britânica Ellen C. Scott, o sistema não tem regulamentação específica no Brasil, mas empresas como a Everymind e a Homedock já adotaram a flexibilidade, com resultados positivos em engajamento e retenção de talentos. O modelo exige alinhamento entre equipes e líderes, além de respeitar limites da CLT, como jornadas de até 44 horas semanais e intervalos obrigatórios.
O ritmo biológico, regulado pelo relógio interno do corpo, varia entre os cronotipos matutino, vespertino e intermediário, influenciando a disposição e a eficiência de cada pessoa. Especialistas destacam que respeitar essas diferenças pode reduzir problemas de saúde, como privação de sono e estresse, mas alertam para a necessidade de orientações claras para evitar desequilíbrios. Empresas que implementaram o sistema relatam melhor qualidade de vida dos colaboradores e ganhos em produtividade, embora setores com horários fixos, como atendimento e produção, enfrentem desafios na adaptação.
Apesar dos benefícios, a adoção do chronoworking depende de acordos contratuais e da natureza do negócio, já que atividades como bancos e hospitais exigem horários rígidos. Advogados trabalhistas reforçam que mudanças devem ser consensuais e dentro da lei, evitando prejuízos aos funcionários. Enquanto a CLT não avança nessa flexibilização, especialistas defendem que o futuro do trabalho passa por modelos que equilibrem produtividade e bem-estar, adaptando-se às necessidades individuais e coletivas.