Wolney Queiroz Maciel, filiado ao PDT desde 1992 e ex-deputado federal por Pernambuco, foi empossado como novo ministro da Previdência Social pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com uma trajetória política de seis mandatos na Câmara dos Deputados, Queiroz atuou em comissões como Educação e Trabalho, além de representar o Brasil em conferências da OIT. Sua nomeação ocorre após a saída de Carlos Lupi, com quem mantém ligação política, e em um momento delicado para a pasta.
A posse acontece no contexto da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal para investigar descontos indevidos em benefícios do INSS. A ação, que resultou em afastamentos e prisões temporárias, revelou que entidades associativas não cumpriam requisitos básicos para descontar mensalidades de aposentados. Auditorias da Controladoria-Geral da União (CGU) apontaram que 70% das organizações analisadas não tinham estrutura adequada ou autorização dos beneficiários.
Com experiência em defesa de direitos sociais, o novo ministro assume o desafio de reorganizar a Previdência após as investigações. Queiroz, que já criticou publicamente a gestão anterior por falta de recursos no INSS, terá de lidar com os reflexos da operação e a necessidade de reforçar a transparência na pasta. Sua indicação reforça a aliança do governo com o PDT, partido que mantém influência na área previdenciária.