Os Estados Unidos aprovaram, nesta sexta-feira (16), o primeiro exame de sangue para detectar o Alzheimer, desenvolvido pela multinacional japonesa Fujirebio Diagnostics. O teste mede a proporção de duas proteínas no sangue, que está relacionada às placas amiloides no cérebro, uma característica da doença. Até agora, essas placas só podiam ser identificadas por exames de imagem ou análise do líquido cefalorraquidiano, tornando o novo método uma alternativa menos invasiva e mais acessível.
Segundo Marty Makary, comissário da FDA, o Alzheimer afeta mais pessoas do que os cânceres de mama e próstata juntos, com 10% da população acima de 65 anos sofrendo da doença. A expectativa é que esse número dobre até 2050, aumentando a necessidade de diagnósticos precoces. Com a aprovação do exame, os pacientes poderão iniciar tratamentos como lecanemab e donanemab, medicamentos que retardam o declínio cognitivo, ainda que não curem a doença.
Defensores das terapias com anticorpos intravenosos destacam que esses tratamentos podem garantir meses adicionais de independência aos pacientes, especialmente se iniciados nos estágios iniciais da doença. A medida representa um avanço significativo no combate ao Alzheimer, oferecendo esperança para milhões de pessoas afetadas pela condição neurodegenerativa. A notícia surge em um contexto de crescente preocupação com o impacto socioeconômico do Alzheimer, conforme destacado por estudos recentes.