O Conselho Nacional de Educação (CNE) publicou nesta terça-feira (13) as normas para a implementação dos itinerários formativos do novo ensino médio, que passam a valer em 2025. As escolas serão obrigadas a oferecer pelo menos duas disciplinas optativas entre cinco áreas do conhecimento: Matemáticas e suas Tecnologias, Linguagens e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, e Formação Técnica e Profissional. Os itinerários devem ser desenvolvidos por meio de projetos interdisciplinares, com foco no aprofundamento das áreas escolhidas pelos estudantes.
As mudanças foram aprovadas em julho de 2024 após críticas à reforma do ensino médio, implementada em 2022. Entre os ajustes, está o aumento da carga horária das disciplinas obrigatórias (de 1.800 para 2.400 horas) e a redução das optativas (de 1.200 para 600 horas). Além disso, novas matérias foram incluídas no currículo obrigatório, como inglês, ciências da natureza e ciências humanas. A padronização das regras busca reduzir desigualdades entre redes públicas e privadas, especialmente em municípios menores, onde a oferta de optativas era limitada.
A resolução do CNE também estabelece diretrizes para a elaboração dos itinerários, incluindo formação continuada de professores, planejamento pedagógico e adaptações para educação indígena, quilombola, bilíngue de surdos e outras modalidades. O objetivo é garantir qualidade e equidade na implementação do novo modelo, que visa personalizar o currículo conforme os interesses dos alunos. Com as normas definidas, espera-se maior clareza e uniformidade na aplicação das mudanças em todo o país.