A nova gestão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) definiu o fair play financeiro como uma de suas prioridades imediatas. O presidente recém-empossado anunciou a criação de um grupo de trabalho dedicado ao tema, visando estabelecer diretrizes modernas e adequadas à realidade do futebol nacional. Esse grupo contará com a participação ativa de clubes, federações estaduais e especialistas, promovendo um amplo debate sobre a complexa regulação financeira no esporte.
O fair play financeiro refere-se a mecanismos que buscam garantir a sustentabilidade econômica dos clubes a longo prazo. Seu princípio fundamental é o controle das finanças, impedindo que os gastos superem as receitas. Isso permite que as equipes honrem compromissos, evitem dívidas excessivas e problemas como atrasos salariais, vinculando despesas operacionais a um percentual definido da arrecadação.
A demanda por regras claras nessa área já havia sido formalizada por clubes associados à Liga Forte União (LFU) antes da posse do novo presidente. Embora frequentemente associado ao conceito de “teto de gastos”, o fair play financeiro é distinto: enquanto o teto impõe limites absolutos a despesas específicas (como contratações e salários), o fair play foca na saúde financeira global e no equilíbrio entre receitas e despesas totais, visando maior estabilidade e competitividade no cenário esportivo.