A decisão judicial que afastou o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) abriu um novo vácuo de poder na entidade, com o vice-presidente Fernando Sarney assumindo como interventor. O estatuto de 2017, último documento divulgado publicamente, prevê a convocação de novas eleições para os cargos diretivos em caso de afastamento do presidente. No entanto, há incertezas sobre as regras atuais, já que a CBF validou um novo estatuto em 2024, não publicado, que supostamente centralizava funções na figura do presidente afastado.
O processo de sucessão agora depende da interpretação das normas vigentes. Se seguido o estatuto de 2017, toda a diretoria seria afastada, e o interino teria de convocar eleições em até 30 dias. Porém, a falta de transparência sobre o documento mais recente gera dúvidas sobre os próximos passos. O mandato do presidente afastado terminaria no fim de 2024, mas ele já havia sido reeleito até 2030, em um processo aclamado por federações e clubes.
A crise teve origem em questionamentos sobre a validade de um documento que garantia a permanência do presidente no cargo. A justiça considerou indícios de irregularidade, anulando o acordo e revertendo uma decisão anterior que o mantinha no comando. O caso reforça a instabilidade institucional na CBF, que agora enfrenta mais um período de incertezas enquanto busca reorganizar sua liderança.