A decisão judicial que afastou o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) criou um vácuo de liderança na entidade, levando à nomeação de um interventor para conduzir o processo de transição. Fernando Sarney, vice-presidente, assumiu interinamente e terá a responsabilidade de convocar novas eleições para os cargos diretivos. O estatuto vigente, de 2017, determina que toda a diretoria seja afastada junto com o presidente, mas há incertezas sobre as regras atuais, já que uma nova versão do documento foi aprovada em 2024, mas não foi divulgada.
O cenário é complicado pela falta de clareza sobre as normas que regem o processo eleitoral. Em caso de renúncia, o vice-presidente mais antigo assumiria e convocaria uma Assembleia Geral em 30 dias, mas o afastamento judicial exige medidas diferentes. A nova versão do estatuto, ainda não oficializada, gerou críticas por centralizar poder na figura do presidente e limitar a atuação da diretoria, aumentando as dúvidas sobre os próximos passos.
O mandato do presidente afastado terminaria no fim de 2024, mas ele já havia sido reeleito até 2030 em um processo aclamado por federações e clubes. O caso judicial que levou ao seu afastamento envolve suspeitas sobre a autenticidade de uma assinatura em documento crucial. A decisão do Tribunal de Justiça do Rio anulou o acordo que mantinha o comando anterior, revertendo à situação do final de 2023, quando houve o primeiro afastamento. Agora, a CBF enfrenta mais um período de incerteza institucional.