A partir desta sexta-feira (2), os Estados Unidos passaram a cobrar tarifas significativas sobre remessas de baixo valor enviadas da China e de Hong Kong, encerrando uma isenção que beneficiava empresas de e-commerce como Shein e Temu. Itens de até US$ 800 agora estarão sujeitos a um imposto de 120% sobre o valor do pacote ou a uma taxa fixa de US$ 100 por remessa, com previsão de aumento para US$ 200 em junho. A medida restabelece uma ordem executiva anunciada pelo governo Trump em fevereiro, que havia sido suspensa temporariamente devido a problemas logísticos.
A Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP) afirmou estar preparada para implementar as novas regras, garantindo que os procedimentos não afetem o tempo de espera em aeroportos. Todas as remessas da China e Hong Kong, exceto smartphones, estarão sujeitas a uma tarifa adicional de 145%, além das já existentes. Transportadoras como FedEx, UPS e DHL serão responsáveis pela maior parte do processamento, enquanto o Serviço Postal dos EUA (USPS) não participará da cobrança.
As remessas de baixo valor, conhecidas como “de minimis”, representaram cerca de US$ 5,1 bilhões em 2024, tornando-se a sétima maior categoria de importações dos EUA vindas da China. A nova política visa aumentar a arrecadação e reduzir a vantagem competitiva de empresas chinesas no mercado americano, mas pode impactar consumidores e o fluxo comercial entre os dois países.