Nos últimos meses, medidas implementadas nos estádios do Pará, especialmente no Mangueirão, têm causado insatisfação entre os torcedores. Proibições como a venda de alimentos por ambulantes no estacionamento e a cobrança de ingressos para crianças, antes isentas, estão entre as mudanças que alteram tradições locais. Além disso, objetos comuns, como bandeiras de tecido sem haste, foram barrados, mesmo sem critérios claros de medição, como ocorreu com um torcedor do Paysandu durante um jogo recente.
O caso do torcedor impedido de entrar com uma bandeira do clube, mesmo acompanhado de crianças e sob chuva, gerou indignação nas redes sociais. Os seguranças justificaram a decisão alegando que o tamanho do tecido poderia esconder objetos, mas a falta de instrumentos adequados para medição levantou questionamentos. A situação levou o torcedor a desistir de entrar no estádio, alimentando críticas sobre a rigidez das normas.
A insatisfação popular deu origem a uma campanha virtual com a hashtag “Estão destruindo o futebol paraense e ninguém faz nada!”, refletindo a percepção de falta de diálogo e transparência nas decisões. O Paysandu, procurado para se manifestar, não se pronunciou até o momento. O clima de descontentamento sugere que as novas regras, embora possam ter objetivos de segurança, precisam ser melhor comunicadas e discutidas com os torcedores.