Novas mutações do vírus H5N1, conhecido como gripe aviária, têm demonstrado maior capacidade de transmissão para mamíferos, incluindo humanos, segundo monitoramento da Anvisa e pesquisadores. Embora ainda não haja registros de contágio entre pessoas, a cepa apresenta taxa de letalidade de 48% em humanos, conforme dados da OMS. Especialistas alertam para o risco de o vírus sofrer adaptações que facilitem a disseminação por via aérea, o que poderia desencadear uma nova pandemia.
A doença é transmitida por contato com secreções de animais infectados, mas não há evidências de transmissão pelo consumo de carne ou ovos adequadamente preparados. Os sintomas assemelham-se aos da gripe comum, podendo evoluir para quadros graves, especialmente em grupos de risco como idosos, crianças e pessoas com comorbidades. Diagnósticos específicos estão disponíveis em hospitais, mas dependem de alertas epidemiológicos para serem acionados.
Pesquisadores destacam a preocupação com coinfecções, que podem gerar novas cepas mais perigosas, como ocorreu com a gripe suína. A vacina contra a gripe comum não protege diretamente contra a H5N1, mas a imunização em massa pode reduzir chances de mutações agressivas. A vigilância constante e o acompanhamento de casos são essenciais para evitar surtos maiores, especialmente com a aproximação do inverno, período propício para a circulação de vírus respiratórios.