Uma operação conjunta no Pará revelou um método inédito utilizado por grupos criminosos no tráfico internacional de drogas: uma embarcação semissubmersível. Apreendida pela Polícia Federal em parceria com a Marinha e a Força Aérea Brasileira, a estrutura foi encontrada na região da Ilha do Marajó. Segundo as investigações, o artefato foi fabricado localmente para transportar cocaína da América do Sul para a Europa, seguindo um modelo semelhante ao interceptado em águas portuguesas meses antes.
A cooperação internacional foi fundamental para a apreensão, com troca de informações entre autoridades do Brasil, Espanha, Portugal e Estados Unidos. A embarcação, embora pareça um submarino, é na verdade um submersível, com capacidade operacional limitada e dependência de apoio externo. A diferença técnica entre os dois modelos é significativa, já que submarinos são autônomos e podem operar por longos períodos submersos.
O caso destaca a evolução das estratégias do crime organizado, que busca rotas cada vez mais sofisticadas para o transporte de drogas. A descoberta acende um alerta para as forças de segurança, que reforçam a necessidade de ações integradas no combate ao narcotráfico transnacional. A operação também demonstra a importância da colaboração entre países para enfrentar redes criminosas que operam em escala global.