A Nicarágua decidiu se retirar da Unesco em protesto contra a concessão do Prêmio Mundial de Liberdade de Imprensa ao jornal La Prensa, veículo local. O governo nicaraguense expressou insatisfação com a escolha, embora a organização tenha destacado a importância do prêmio para a liberdade de expressão e o jornalismo global. Audrey Azoulay, diretora-geral da Unesco, lamentou a decisão, alertando para as consequências negativas em áreas como educação e cultura para o país.
A Nicarágua integrava a Unesco desde 1950 e era um dos 194 membros da organização. O prêmio, criado em 1997, foi concedido ao La Prensa por um júri internacional, reconhecendo seu papel na defesa da imprensa livre. A saída do país representa um retrocesso na cooperação internacional em temas fundamentais para o desenvolvimento social e cultural.
O caso reflete tensões entre governos e instituições globais sobre a liberdade de imprensa. Enquanto a Unesco defende o prêmio como um incentivo ao jornalismo independente, a decisão da Nicarágua evidencia divergências sobre o tema. A situação pode impactar futuras colaborações entre o país e agências internacionais, especialmente em projetos educativos e culturais.