Fintechs em estágio inicial enfrentam um desafio duplo: garantir recursos para suas operações e, ao mesmo tempo, oferecer crédito aos clientes sem comprometer seu caixa. André Pina, ex-executivo de grandes bancos e fundador da Uruk Capital, propõe uma solução inovadora: um modelo que combina venture studio com crédito estruturado. A ideia é incubar essas startups, fornecendo suporte operacional desde a concepção do negócio e acesso imediato a capital de crédito, permitindo que elas escalem sem drenar recursos destinados ao desenvolvimento tecnológico ou marketing.
A Uruk Capital adapta o conceito tradicional de venture studio, focando não em criar empresas do zero, mas em apoiar empreendedores que já possuem soluções financeiras. O modelo separa os recursos: equity para crescimento e capital de crédito, inicialmente via um FIDC próprio, além de facilitar conexões com o mercado financeiro institucional. A empresa estreou com uma captação de R$ 15 milhões e já tem quatro projetos em setores como e-commerce, saúde e mobilidade, com atuação no Brasil e na América Latina.
Além disso, a Uruk estruturou um programa de fellowship com especialistas em venture capital, fundadores de unicórnios e M&A para fortalecer sua rede. Com presença no Brasil e nos EUA, a empresa busca expandir parcerias para Europa, Oriente Médio e Ásia. O objetivo é destravar o potencial das fintechs, equilibrando financiamento operacional e oferta de crédito, um gargalo crítico para o setor.