O presidente dos Estados Unidos assinou uma série de ordens executivas para impulsionar a produção de energia nuclear civil no país, incluindo a redução de processos regulatórios e a reformulação da comissão responsável pelo setor. A iniciativa busca acelerar a construção de novos reatores, com o objetivo de quadruplicar a produção em 25 anos, além de atender à demanda crescente de empresas de tecnologia por fontes de energia limpa. Apesar das preocupações com segurança, especialmente após o desastre de Fukushima, o governo afirmou que os processos manterão a confiabilidade.
A medida coincide com um interesse renovado na energia nuclear, impulsionado pela necessidade de reduzir emissões de carbono e pela alta nos preços de combustíveis devido à guerra na Ucrânia. Grandes empresas do setor tecnológico, como Amazon e Microsoft, já firmaram acordos para utilizar energia nuclear em suas operações. Além disso, companhias energísticas planejam reativar centrais desativadas, incluindo a usina de Three Mile Island, palco do pior acidente nuclear comercial do país em 1979.
O governo também destacou a importância de reduzir a dependência de importações de urânio, principalmente após a proibição de compras da Rússia devido ao conflito na Ucrânia. Enquanto os Estados Unidos mantêm a liderança em número de reatores em operação, outros países, como China e França, avançam em seus programas de expansão nuclear. A estratégia americana visa não apenas suprir a demanda interna, mas também fortalecer a competitividade global, especialmente na corrida pela liderança em inteligência artificial.