Delegações da Ucrânia e da Rússia se reuniram nesta sexta-feira (16) em Istambul, Turquia, para as primeiras negociações diretas desde o início da invasão russa em 2022. A ausência dos presidentes Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin, no entanto, dificulta a possibilidade de um acordo, apesar da pressão internacional por um cessar-fogo. A Ucrânia prioriza um acordo incondicional, enquanto a Rússia insiste em exigências como a renúncia ucraniana à OTAN e o abandono de territórios ocupados.
A mediação turca contou com a participação de representantes dos Estados Unidos, mas expectativas são baixas devido ao nível reduzido da delegação russa, considerada pouco influente. Zelensky acusou Moscou de não levar as negociações a sério, enquanto Putin desistiu de participar após ser desafiado a comparecer pessoalmente. Enquanto isso, líderes europeus reunidos na Albânia defenderam um cessar-fogo imediato, rejeitado pela Rússia, que alega que uma trégua beneficiaria o rearmamento ucraniano.
Os combates continuam, com a Rússia afirmando avanços em Donetsk e controle de cerca de 20% do território ucraniano. A complexidade das negociações reflete a divergência de interesses, com poucas perspectivas de avanço sem a presença direta dos líderes máximos. A comunidade internacional segue pressionando por uma solução diplomática, mas o impasse persiste.