Rússia e Ucrânia realizaram sua primeira negociação direta desde 2022, mediada pela Turquia em Istambul, sem a presença de seus líderes. O diálogo resultou na maior troca de prisioneiros desde o início do conflito, com 2 mil detidos libertados — mil de cada lado. No entanto, as discussões sobre um cessar-fogo temporário e um possível encontro entre os presidentes dos dois países não avançaram, evidenciando a profunda divergência entre as partes.
A Ucrânia, sob pressão internacional, defendia uma trégua de 30 dias antes das negociações de paz, mas a Rússia manteve suas exigências, incluindo a retirada das tropas ucranianas de regiões anexadas em 2022. Enquanto isso, representantes ucranianos reforçaram seu compromisso com a paz, mas destacaram a disposição de continuar resistindo. O contraste entre as delegações — russos em trajes formais e ucranianos em uniformes militares — simbolizou a tensão persistente.
Mediadores turcos relataram que as demandas russas foram vistas como pouco realistas, levantando dúvidas sobre a disposição de Moscou em encerrar o conflito. Enquanto isso, autoridades internacionais pressionaram por sanções mais duras contra a Rússia, exigindo ações concretas para uma negociação significativa. O impasse sugere que, apesar do progresso humanitário, a paz ainda está longe de ser alcançada.