A Natura (NTCO3) apresentou melhora em seus resultados no primeiro trimestre de 2025 (1T25), reduzindo prejuízos após um quarto trimestre de 2024 (4T24) considerado decepcionante. As ações da empresa subiram 7,14% nesta terça-feira (13), cotadas a R$ 10,06, refletindo um alívio dos investidores. Analistas destacam que, embora o desempenho ainda esteja longe do ideal, houve avanços, como a desaceleração menos acentuada da receita e a recuperação parcial das margens, impulsionadas principalmente pela marca Natura na América Latina.
Apesar dos progressos, a Avon continua a pressionar os resultados, com quedas significativas nas vendas de cosméticos no Brasil e no segmento Home & Style. A empresa anunciou medidas de reestruturação, incluindo a redução de 25% do quadro de funcionários da Avon Internacional e cortes agressivos de custos, cujo impacto deve ser mais sentido entre o segundo e o terceiro trimestres de 2025. Enquanto isso, a Natura LatAm registrou crescimento de 12% na receita, com margem Ebitda ajustada subindo 19%, impulsionada por ajustes de preços e mix de produtos.
Analistas de XP Investimentos, BTG Pactual e Morgan mantêm recomendações neutras, ressaltando que a recuperação da Natura ainda depende da consolidação da reestruturação da Avon e da melhora contínua das margens. O BTG mantém um preço-alvo de R$ 18, enquanto o Morgan estipula R$ 13, indicando cautela diante dos desafios macroeconômicos e operacionais. A empresa segue focada em reduzir o consumo de caixa, embora admita que zerá-lo em 2025 seja improvável.