O candidato nacionalista George Simion, da Aliança para a Unidade dos Romenos (AUR), liderou o primeiro turno das eleições presidenciais na Romênia, com 40% dos votos, segundo dados parciais que contabilizam 95% das urnas. Em segundo lugar, ficou o candidato da coalizão governista, Crin Antonescu, com 20,9%, seguido pelo prefeito de Bucareste, Nicusor Dan, com 20,2%. Os dois mais votados se enfrentarão no segundo turno, marcado para 18 de maio, em uma disputa que pode influenciar o equilíbrio geopolítico na região.
O resultado é acompanhado com atenção por potências como Estados Unidos, Ucrânia e Rússia, devido ao papel estratégico da Romênia no apoio militar à Ucrânia e na defesa da OTAN no leste europeu. O país abriga uma base de defesa antimísseis dos EUA e é uma rota crucial para o transporte de armas e grãos ucranianos. A possível vitória de Simion, associada a propostas nacionalistas, gera preocupação sobre o futuro do investimento estrangeiro e da estabilidade regional.
A eleição, originalmente prevista para dezembro, foi adiada após alegações de interferência russa no processo eleitoral. O candidato inicialmente favorável a Moscou foi barrado por questões legais, levando à substituição por Simion. Analistas veem o pleito como um teste do crescimento de movimentos nacionalistas na União Europeia, em um contexto de tensões geopolíticas e incertezas econômicas.