O Museu de Arte de São Paulo (Masp) inaugurou duas exposições que dialogam com o tema anual “Histórias da Ecologia”. A primeira, “A Ecologia de Monet”, reúne 32 obras do pintor francês, muitas inéditas no hemisfério sul, e propõe uma leitura contemporânea de sua relação com a natureza. A mostra destaca como Monet capturou as transformações ambientais durante a industrialização francesa, dividindo suas obras em cinco núcleos temáticos, como “O Sena Como Ecossistema” e “Giverny: Natureza Controlada”. O curador Fernando Oliva ressaltou que, embora o enfoque ecológico seja uma interpretação atual, as inquietações do artista com o meio ambiente já refletiam preocupações de sua época.
A segunda exposição, “Frans Krajcberg: Reencontrar a Árvore”, apresenta mais de 50 obras do artista polonês naturalizado brasileiro, conhecido por seu ativismo ecológico. Suas esculturas, feitas com troncos e raízes carbonizadas de áreas desmatadas, são um protesto contra a destruição ambiental. Krajcberg, que sobreviveu ao Holocausto e adotou o Brasil como lar, descreveu seu trabalho como “um grito da natureza” contra a ação predatória humana.
Ambas as mostras reforçam a programação do Masp em 2024, com entrada gratuita às terças e sextas à noite. A exposição de Monet permanece até 24 de agosto, enquanto a de Krajcberg segue até 19 de outubro. O museu exige agendamento online para visitação, alinhando acesso cultural a medidas de organização.