Ao contrário de gerações anteriores, profissionais mais jovens estão priorizando fatores como bem-estar, equilíbrio entre vida pessoal e trabalho, e ambientes saudáveis em detrimento de salários mais altos. Pesquisas indicam que 56,8% dos colaboradores preferem modelos flexíveis, como home office ou híbrido, enquanto 44% recusam vagas com remuneração abaixo do mercado. Além disso, a falta de transparência nas informações das empresas afasta 32% dos candidatos, refletindo uma demanda por clareza e alinhamento de valores.
Especialistas apontam cinco motivos principais para o distanciamento de candidatos de certas oportunidades: falta de flexibilidade, processos obscuros, seleções longas e confusas, ausência de perspectiva de crescimento e cultura organizacional dissonante. A flexibilidade, antes um diferencial, tornou-se expectativa básica, e empresas com modelos rígidos perdem talentos rapidamente. Processos seletivos desorganizados e a falta de um plano de carreira claro também desmotivam profissionais que buscam propósito e desenvolvimento.
Por fim, a cultura organizacional é destacada como um fator decisivo, já que discursos incoerentes com a prática geram desconfiança. Ambientes tóxicos ou excludentes são identificados nas primeiras interações, afastando candidatos qualificados. A adaptação das empresas a essas novas demandas é essencial para atrair e reter talentos em um mercado cada vez mais orientado por realização pessoal e valores autênticos.