Nesta quinta-feira (1º), movimentos sociais como Mulheres em Luta, Marielle Vive e Luta Popular, além de entidades sindicais como a Conlutas, realizaram um ato em São Paulo para celebrar o Dia do Trabalhador. A marcha partiu do Masp, na Avenida Paulista, e destacou-se por sua postura combativa, criticando outros grupos que organizaram eventos na mesma data. Os organizadores enfatizaram sua independência em relação a governos e empregadores, rejeitando financiamento empresarial e a presença de políticos que consideram responsáveis por ataques aos direitos trabalhistas.
Entre as principais demandas estavam o fim da escala 6×1, a revogação do arcabouço fiscal e das reformas trabalhista e previdenciária, além da oposição às privatizações. O ato também buscou dar visibilidade à causa palestina e pressionar por penalidades aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023. Marcela Azevedo, do Mulheres em Luta, destacou que a escala 6×1 afeta especialmente as mulheres, que enfrentam dupla jornada e superexploração.
Apesar de discussões prévias sobre uma greve geral, a mobilização não alcançou essa proporção, o que foi atribuído à desconexão entre sindicatos e categorias importantes, como trabalhadores de aplicativos. As lideranças criticaram as centrais sindicais majoritárias por não unificarem a luta, perdendo a oportunidade de demonstrar a força da classe trabalhadora em uma paralisação mais ampla.