O Dia do Trabalhador de 2025 foi marcado por manifestações em várias cidades brasileiras, com foco no fim da escala 6×1, que prevê seis dias de trabalho para um de descanso. Organizações populares, partidos políticos e o Movimento Vida Além do Trabalho (VAT) uniram-se às centrais sindicais para reforçar a pauta, combinando-a com a histórica reivindicação pela redução da jornada semanal de 44 para 36 horas. Uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) sobre o tema, apresentada pela deputada Érika Hilton (PSOL-SP), está parada na Câmara, enquanto ativistas pressionam por avanços ainda em 2025.
O debate ganhou força nas redes sociais e no Congresso, com defensores argumentando que a escala 6×1 prejudica principalmente mulheres e população negra, que ainda acumulam tarefas domésticas. A influenciadora digital Andressah Catty destacou a necessidade de combater desinformação, como a alegação de que a mudança afetaria pequenos negócios, quando o foco são grandes empresas. Enquanto isso, três PECs tramitam no Legislativo, incluindo propostas do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) e do senador Paulo Paim (PT-RS), que preveem reduções graduais da jornada.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a discussão ampla sobre o tema em seu pronunciamento, enfatizando a busca por equilíbrio entre vida profissional e bem-estar. Apesar do apoio de movimentos sociais, a tramitação das propostas enfrenta lentidão, exigindo mobilização contínua para pressionar o Congresso. O tema segue como prioridade para sindicatos e ativistas, que veem na redução da jornada uma conquista essencial para os trabalhadores brasileiros.