No Dia do Trabalhador, cerca de 500 motofretistas se reuniram em São Paulo para protestar contra a pejotização, prática em que empresas contratam profissionais como Pessoa Jurídica (PJ) ou Microempreendedor Individual (MEI), evitando vínculos empregatícios e direitos trabalhistas. A manifestação, organizada pelo Sindicato dos Mensageiros, Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas Intermunicipal de São Paulo (Sindimotosp), percorreu da avenida das Nações até a Praça da República, onde se uniram a trabalhadores de outras categorias.
Os protestos criticaram uma recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu processos sobre a legalidade da pejotização, aguardando um posicionamento unificado para orientar outros tribunais. Com slogans como “não à precarização” e “entregadores não são PJ, somos trabalhadores”, a categoria destacou a perda de direitos como férias, 13º salário e segurança social, além de jornadas exaustivas e riscos de acidentes.
O presidente do Sindimotosp afirmou que a pejotização precariza a vida dos trabalhadores, eliminando proteções e colocando famílias em situações de vulnerabilidade. O movimento reforçou a demanda por reconhecimento como empregados formais, especialmente em plataformas de aplicativos, onde a “liberdade” oferecida seria uma ilusão perante condições de trabalho desfavoráveis.