A Motiva (ex-CCR) renovou a concessão da MSVia, no Mato Grosso do Sul, por mais 29 anos, marcando a primeira otimização de contrato rodoviário no país. A empresa foi a única participante do leilão, oferecendo um deságio de 0,07% sobre o pedágio. Apesar da queda de 1,87% nas ações no dia do anúncio, analistas do JPMorgan e da Genial avaliaram a notícia como positiva, destacando projeções de retorno atrativas, com uma TIR (Taxa Interna de Retorno) alavancada na faixa dos dois dígitos. O novo CAPEX contratual é estimado em R$ 10 bilhões, com impacto limitado na alavancagem atual da empresa.
O Bradesco BBI e a XP também reforçaram otimismo, projetando que a concessão pode adicionar R$ 0,30 por ação da Motiva, com um EBITDA anualizado evoluindo de resultados negativos para cerca de R$ 450 milhões em três anos. A XP destacou ainda a baixa concorrência no leilão, o que pode indicar um padrão para futuras concessões semelhantes. A Motiva apresentou dados financeiros revisados, com expectativa de EBITDA positivo já no primeiro ano, contrastando com as perdas de 2024.
De modo geral, as corretoras mantêm recomendações de compra para as ações da Motiva, com preços-alvo entre R$ 15,00 e R$ 17,50. A renovação da MSVia é vista como um avanço na otimização de projetos rodoviários, com potencial para beneficiar outras concessões em situações similares, como a Eco101 da Ecorodovias. O setor ganha maior confiança em termos de governança, com o apoio de agentes reguladores e do governo federal.