O rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos pela Moody’s reacendeu discussões sobre o papel do Bitcoin (BTC) como reserva de valor global diante da deterioração fiscal do país. Segundo relatório da Coinbase, os crescentes déficits fiscal e comercial dos EUA, somados ao avanço do protecionismo, estão minando a confiança internacional no dólar. Nesse cenário, o Bitcoin surge como uma alternativa supranacional, imune a controles de capital e sanções, atraindo interesse de investidores em busca de ativos menos expostos às instabilidades da economia americana.
A análise destaca que o atual sistema do dólar como principal reserva global enfrenta pressões, com a dívida pública dos EUA saltando de 63% para 122% do PIB desde 2008. O rebaixamento pela Moody’s, que citou a falta de medidas para conter déficits crescentes, intensifica a busca por alternativas. Países com superávits em conta corrente estariam especialmente interessados em diversificar suas reservas, o que, segundo a Coinbase, poderia injetar até US$ 1,2 trilhão no mercado de Bitcoin se 10% das reservas globais migrarem para a criptomoeda.
O relatório também aponta que 2025 pode ser um ano decisivo para a adoção do Bitcoin, impulsionado por ETFs, maior liquidez e o crescente interesse em criptoativos como reservas estratégicas. Enquanto isso, o preço do Bitcoin atingiu patamares próximos a US$ 105 mil, refletindo o otimismo do mercado. A discussão sobre o futuro da moeda digital como alternativa ao dólar ganha força, embora ainda dependa de fatores como regulação e adoção institucional.