O rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos pela Moody’s trouxe à tona um debate estratégico entre investidores e governos: o papel do Bitcoin (BTC) como reserva de valor em meio à deterioração fiscal do dólar. Segundo relatório da Coinbase, o aumento dos déficits fiscal e comercial dos EUA, somado ao avanço do protecionismo, está minando a confiança internacional na moeda americana. O Bitcoin, por sua vez, é visto como uma alternativa supranacional, imune a controles de capital e sanções, capaz de atrair fluxos globais em um cenário de desconfiança crescente.
A análise destaca que o atual regime do dólar como principal reserva global enfrenta pressões, com a dívida pública dos EUA saltando de 63% do PIB em 2008 para 122% atualmente. A Moody’s justificou o rebaixamento citando a falta de medidas para conter déficits elevados e o risco de eles atingirem 9% do PIB até 2035. Para a Coinbase, essa instabilidade fiscal acelera a busca por ativos alternativos, como o Bitcoin, que poderia captar parte significativa das reservas internacionais se apenas 10% fossem diversificadas.
O relatório também aponta que 2025 pode ser um ano crucial para a consolidação do Bitcoin, impulsionado por ETFs, maior liquidez e interesse estratégico em criptoativos. Enquanto isso, a moeda digital opera em alta, atingindo patamares próximos a US$ 105 mil, reflexo do crescente debate sobre seu papel no sistema financeiro global.