O grupo de países com a nota de crédito mais alta, Aaa, ficou menor após a Moody’s rebaixar a classificação dos Estados Unidos de Aaa para Aa1. A decisão reflete preocupações com o aumento da dívida pública e dos custos de juros, além da trajetória fiscal insustentável. Embora o rebaixamento tenha pressionado os rendimentos dos títulos de longo prazo, analistas não esperam uma venda significativa de ativos americanos, já que o impacto sobre garantias e mercados deve ser limitado.
Agora, apenas 11 países mantêm a classificação Aaa das três principais agências, incluindo Alemanha, Suíça e Canadá, ante mais de 15 antes da crise financeira de 2008. O rebaixamento dos EUA simboliza desafios fiscais globais, como o envelhecimento populacional e gastos com defesa, que também afetam outras economias, como Reino Unido e Japão. A Moody’s foi a última das grandes agências a reduzir a nota americana, seguindo S&P (2011) e Fitch (2023).
As agências de classificação avaliam a capacidade de pagamento de emissores, influenciando as taxas de juros que os governos pagam. Quanto menor a nota, maior o risco percebido e o custo da dívida. O caso dos EUA amplia debates sobre o dólar como moeda de reserva e o apelo de alternativas como o Bitcoin, enquanto investidores monitoram os efeitos de longo prazo no mercado global.