A Moody’s, uma das principais agências de risco do mundo, rebaixou a nota de crédito dos Estados Unidos de Aaa (nota máxima) para Aa1 (segundo nível mais alto), citando o aumento da dívida pública e os juros elevados como motivos para a decisão. A Casa Branca criticou a mudança, questionando a credibilidade da análise e destacando que a Moody’s era a última grande agência a manter a classificação máxima para o país. A Standard & Poor’s havia rebaixado os EUA em 2011, seguida pela Fitch Ratings em 2023.
As notas de crédito, ou ratings, avaliam a capacidade de um país ou empresa de honrar suas dívidas e influenciam diretamente os custos de captação de recursos no mercado internacional. Quanto mais alta a classificação, menor o risco percebido pelos investidores. A Moody’s mantém uma escala que vai de Aaa (risco praticamente nulo) até C (alto risco), dividida em três faixas principais: Grau de Investimento, Grau Especulativo e Alto Risco. Países com notas mais baixas enfrentam dificuldades para atrair capital estrangeiro, já que muitos fundos de pensão só investem em nações com Grau de Investimento concedido por pelo menos duas agências.
Recentemente, a Moody’s elevou a nota do Brasil de Ba2 para Ba1, mantendo perspectiva positiva, um movimento que pode facilitar o acesso do país a créditos internacionais em melhores condições. A decisão sobre os EUA, no entanto, reforça preocupações com a sustentabilidade fiscal da maior economia do mundo, ainda que o país mantenha uma classificação elevada. O rebaixamento pode aumentar a pressão por ajustes nas políticas econômicas para evitar novos cortes no futuro.