A Moody’s rebaixou a nota de crédito dos Estados Unidos de Aaa para Aa1 nesta sexta-feira (16.mai.2025), citando o crescimento da dívida pública e os juros elevados como principais motivos. A agência destacou que sucessivos governos e o Congresso norte-americano não conseguiram chegar a um acordo para reduzir os déficits fiscais, projetando que a dívida federal atingirá 134% do PIB até 2035, contra 98% em 2024. Apesar do rebaixamento, a perspectiva futura do país foi alterada de negativa para estável, indicando uma certa estabilidade econômica no médio prazo.
Com a decisão, os EUA perderam a última classificação máxima entre as três principais agências de risco, após a Standard & Poor’s ter rebaixado o país em 2011 e a Fitch Ratings em 2023. As notas de crédito servem como um termômetro para investidores, influenciando os juros dos títulos públicos e a confiança na economia. Quanto mais alta a nota, menor o risco de calote, e vice-versa.
O texto também explica que as classificações de risco são divididas em graus de investimento, especulativo e alto risco, com impactos diretos no custo de captação de recursos e no fluxo de investimentos estrangeiros. Embora o rebaixamento dos EUA seja significativo, a nota Aa1 ainda reflete uma qualidade muito alta e risco muito baixo, mantendo o país no grau de investimento. Em contraste, o Brasil teve sua nota elevada pela Moody’s em 2024, sinalizando uma melhora na percepção de risco do mercado internacional.