Em Maceió, a moda circular ganha espaço como alternativa sustentável para reduzir os impactos ambientais da indústria têxtil, uma das mais poluentes do mundo. Movimentos como brechós, slow fashion e artesanato em crochê incentivam o consumo consciente, valorizando peças duráveis, reutilização e produção local. A empreendedora Penélope Soares destaca a importância de ressignificar o uso das roupas, enquanto Brenda Almeida, dona de uma marca de crochê, enfatiza o valor do feito à mão e da conexão com a cultura alagoana.
Além de fortalecer a economia local, a moda circular oferece benefícios como redução de desperdício, melhoria da imagem das marcas e criação de redes de apoio entre pequenos empreendedores. Dados do relatório Fios da Moda revelam que o Brasil produz cerca de 9 bilhões de peças por ano, com altos índices de descarte irregular. Estratégias como doação, reciclagem e troca de roupas surgem como soluções para minimizar esse impacto, embora apenas 1% das peças sejam recicladas em novas roupas.
As redes sociais impulsionam essa tendência, revitalizando estilos vintage e aproximando consumidores de produtores. O slow fashion, em contraposição ao fast fashion, prioriza qualidade, minimalismo e tecidos sustentáveis, reforçando a ideia de que a moda é cíclica. Em Maceió, iniciativas como brechós e crochê mostram que é possível aliar criatividade, tradição e responsabilidade ambiental, abrindo caminho para um futuro mais sustentável no mundo da moda.