O ministro do Supremo Tribunal Federal negou o pedido do comandante da Marinha para ser dispensado de prestar depoimento em uma ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado. O depoimento foi solicitado pela defesa de um ex-comandante da Marinha, que enfrenta acusações como associação criminosa armada e tentativa de abolição do Estado democrático de Direito. O ministro destacou a relevância do testemunho, já que o comandante ocupava um cargo-chave durante os fatos investigados.
Segundo a defesa, o depoimento é essencial para esclarecer se houve diálogos ou movimentações internas relacionadas a preparação de tropas na época dos acontecimentos. Um advogado envolvido no caso afirmou que a testemunha pode trazer informações cruciais para o contraditório. O ministro reforçou a necessidade da presença do comandante, marcando a audiência para esta sexta-feira (23).
Em desdobramentos relacionados, um ex-comandante da Aeronáutica afirmou em depoimentos anteriores que o ex-chefe da Marinha estava ciente e concordava com planos golpistas. Ele relatou que, em reuniões, houve menção de que tropas estariam à disposição do então presidente. O caso continua sob investigação, com o depoimento do atual comandante sendo visto como peça fundamental para esclarecimentos adicionais.