O ministro da Agricultura e Pecuária afirmou que o Brasil espera retomar as exportações de carne de frango e ovos para a China em até 60 dias. O governo está adotando medidas rigorosas para conter o surto de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) identificado em uma granja no Rio Grande do Sul. O estado de emergência zoossanitária tem duração de 60 dias, mas o foco inicial do surto deve ser controlado em cerca de 28 dias, o que pode acelerar a retomada das vendas.
A suspensão temporária das exportações para a China pode gerar um prejuízo superior a US$ 100 milhões por mês. Em 2024, o país exportou US$ 1,288 bilhão em produtos avícolas para o mercado chinês. Enquanto a China embargou todos os produtos nacionais, outros países, como Japão e Emirados Árabes Unidos, restringiram apenas itens provenientes do Rio Grande do Sul. Medidas de controle incluem fiscalização em um raio de 10 km do foco e rastreamento de ovos já distribuídos.
O Ministério da Agricultura destacou que o consumo de carne de frango e ovos não representa risco à saúde humana, pois a transmissão do vírus ocorre apenas por contato direto com aves infectadas. O Brasil mantém mais de 200 parceiros comerciais para exportação de frango, o que reduz o impacto econômico da suspensão chinesa. As negociações para reabertura do mercado seguem baseadas em transparência e protocolos sanitários rigorosos.
