O ministro do STF Gilmar Mendes negou haver conflito de interesses entre o IDP, do qual é sócio, e a CBF, após críticas do senador Eduardo Girão. Em entrevista ao UOL, Gilmar afirmou que o contrato entre o IDP e a CBF foi um acordo privado, sem relação com sua atuação no caso que reconduziu Ednaldo Rodrigues à presidência da confederação. O ministro destacou que o IDP é uma instituição reconhecida e que o contrato visava apenas à realização de cursos, sem interferência em decisões judiciais.
O caso remonta a janeiro de 2024, quando Gilmar concedeu uma liminar anulando a decisão do TJ-RJ que afastou Ednaldo do cargo. Girão questionou a proximidade temporal entre a decisão e a parceria firmada entre CBF e IDP, pedindo investigação. O ministro rebateu as acusações, explicando que a devolução do processo ao TJ-RJ ocorreu devido a dúvidas sobre a autenticidade de uma assinatura em documento que reconduziu Ednaldo, alegando que o tema não era de competência do STF.
A disputa pela presidência da CBF continua, com o vice-presidente Fernando Sarney assumindo interinamente após nova decisão do TJ-RJ que afastou Ednaldo. Sarney alega que o acordo que garantia a permanência de Ednaldo foi assinado por uma pessoa com capacidade cognitiva comprometida. O caso, que se arrasta desde 2022, agora aguarda definição judicial, enquanto a entidade se prepara para convocar novas eleições.