O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) afirmou não haver conflito de interesse ao julgar casos relacionados à entidade que comanda o futebol nacional, mesmo com uma parceria existente entre a organização e um instituto de ensino do qual é fundador. Ele explicou que o contrato entre as instituições foi meramente privado e não influenciou suas decisões, destacando o prestígio acadêmico do instituto. A polêmica surgiu após o ministro ter sido sorteado para processos envolvendo o então presidente da entidade, cujo afastamento foi determinado posteriormente por um tribunal regional.
O caso ganhou repercussão quando decisões judiciais reverteram temporariamente o afastamento do dirigente, levantando questionamentos sobre possíveis vínculos. Parlamentares passaram a pressionar pela instalação de comissões parlamentares de inquérito (CPIs) para investigar a gestão da entidade, com alguns citando indiretamente a relação do ministro com a organização. Reportagens também destacaram supostas irregularidades na administração da entidade, incluindo pagamentos suspeitos a advogados antes de decisões favoráveis.
O ministro rebateu as críticas, afirmando que devolveu ao tribunal regional a análise de uma suposta irregularidade em um acordo homologado por ele, por entender que o tema não era de competência do STF. Enquanto isso, setores do Congresso Nacional veem na situação fragilizada do ex-presidente da entidade uma oportunidade para ampliar as investigações. O caso continua a gerar debates sobre a independência do Judiciário e a relação entre instituições públicas e privadas.