O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) afirmou não haver conflito de interesse ao julgar processos relacionados à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), mesmo com a existência de uma parceria entre a entidade e o Instituto Brasileiro de Ensino Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), do qual é fundador. Ele destacou que o contrato entre as instituições foi meramente privado e não influenciou suas decisões. A polêmica ganhou força após o ministro ter reintegrado um dirigente afastado, decisão posteriormente revertida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).
O caso também chamou a atenção devido a alegações de irregularidades em acordos homologados pelo STF, incluindo questionamentos sobre a validade de assinaturas em documentos. O ministro afirmou que tais questões não eram de competência do Supremo e devolveu a matéria ao tribunal fluminense. Enquanto isso, parlamentares avaliam a criação de CPIs para investigar a gestão da entidade, com possível reflexo nas decisões judiciais envolvendo o tema.
Reportagens recentes trouxeram à tona supostas irregularidades na administração da CBF, incluindo pagamentos suspeitos a advogados antes de decisões favoráveis. A situação colocou o ministro sob pressão, especialmente após ameaças de investigações no Congresso. O caso ainda envolve paralelos entre decisões judiciais e articulações políticas, ampliando o debate sobre a relação entre o Judiciário e entidades esportivas.