O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a prisão de um militar da reserva, preso desde dezembro do ano passado, acusado de obstruir as investigações sobre uma tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do atual presidente. A decisão foi baseada em um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que argumentou que a soltura poderia prejudicar o andamento do processo. O militar integra um grupo investigado como parte central do suposto plano golpista.
O ministro citou o depoimento de uma testemunha que relatou ter sofrido ameaças contra sua família, supostamente orientadas pelo militar preso. A testemunha, que se opôs ao plano golpista, afirmou ter encerrado suas contas em redes sociais devido à pressão exercida. Além disso, as investigações da Polícia Federal indicaram que o militar tentou acessar dados sigilosos de um acordo de delação relacionado ao caso.
A defesa do militar negou as acusações de obstrução da justiça. O caso segue em andamento, com o STF avaliando as provas e os argumentos apresentados pelas partes envolvidas. A decisão reforça a continuidade das apurações sobre os eventos que antecederam a posse presidencial em 2023.