O ministro da Fazenda afirmou que a abertura de um crédito extraordinário no Orçamento de 2025 para ressarcir aposentados e pensionistas do INSS que sofreram descontos indevidos não está em discussão no momento. Segundo ele, o governo ainda avalia o montante dos valores retirados irregularmente e prioriza a recuperação de recursos das entidades envolvidas antes de usar dinheiro público. Haddad destacou que medidas como o bloqueio de bens dos responsáveis estão em andamento, e que um crédito extraordinário só seria considerado em último caso.
O arcabouço fiscal permite que créditos extraordinários não impactem a meta de resultados primários nem o limite de crescimento de gastos, mas eles aumentariam a dívida pública. Enquanto isso, o sistema de notificações do INSS já recebeu mais de 1 milhão de pedidos de reembolso em dois dias, com o número de entidades envolvidas permanecendo em 41. O governo ainda aguarda uma estimativa precisa do valor necessário para os ressarcimentos.
Em outro tema, o ministro negou planos de aumentar o valor mínimo do Bolsa Família ou criar um pacote de gastos para elevar a popularidade do governo. Sobre uma possível linha de crédito para motociclistas, Haddad afirmou que não há modelo definido e que a proposta, sem custo para os cofres públicos, ainda está em análise. A medida, se aprovada, seria operada por bancos públicos, mas não há decisão sobre seu alcance.