O ministro da Educação, Camilo Santana, respondeu a críticas sobre o decreto que proíbe o ensino a distância (EaD) em cursos como direito, medicina, enfermagem, odontologia e psicologia, durante audiência na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. Ele argumentou que a medida visa garantir qualidade na formação, especialmente em áreas da saúde, e destacou que as instituições terão dois anos para se adaptar, mantendo os direitos dos alunos já matriculados. Parlamentares contrários, no entanto, alegaram que a decisão é elitista e prejudica estudantes de baixa renda que dependem do EaD para conciliar trabalho e estudo.
O debate também abordou os desafios da alfabetização no Brasil, com dados revelando que apenas 49% das crianças do 2º ano do ensino fundamental estão plenamente alfabetizadas. O ministro destacou avanços em relação a anos anteriores e defendeu o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, programa que repassou R$ 1,3 bilhão a estados e municípios para melhorar os índices. Críticos, porém, questionaram a divergência entre os resultados do Saeb e os divulgados pelo governo, sugerindo falta de transparência.
Santana reforçou o foco do Ministério da Educação na educação básica, considerada prioridade para reduzir desigualdades. Ele enfatizou o papel de coordenação do MEC, com apoio técnico e financeiro a estados e municípios, e afirmou que todos os estados aderiram ao programa de alfabetização. A discussão evidenciou tanto os desafios persistentes quanto as disputas sobre as melhores estratégias para melhorar a qualidade do ensino no país.