O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestou apoio à pesquisa de petróleo na Margem Equatorial brasileira, área que se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá e tem potencial estimado em 9 bilhões de barris. Em entrevista, ele destacou a importância de o Brasil mapear seus recursos, mas ressaltou que uma eventual descoberta não deve atrasar a transição energética do país. O tema divide o governo, com setores favoráveis à exploração, como o Ministério de Minas e Energia, e outros mais cautelosos, como o Meio Ambiente, liderado por Marina Silva.
Haddad também elogiou os avanços da China na transição energética, citando a produção de painéis solares e veículos elétricos a preços competitivos. No entanto, especialistas questionam a sustentabilidade desses carros, devido à extração de minerais como lítio, muitas vezes feita de forma ambientalmente prejudicial. A China domina o mercado brasileiro de veículos elétricos, respondendo por 84% das importações em 2024, mas há expectativa de desaceleração em 2025.
O debate sobre a Margem Equatorial reflete o desafio de equilibrar desenvolvimento econômico e sustentabilidade. Enquanto o governo busca consolidar o Brasil como player energético, a transição para fontes renováveis segue como prioridade, mesmo com divergências internas sobre o ritmo e os métodos dessa mudança.