O ministro da Previdência anunciou sua saída do governo após dois anos e quatro meses no cargo. A decisão ocorre em meio a uma investigação que revelou um esquema de desvios de recursos do INSS, envolvendo cobranças ilegais de aposentadorias e pensões. O agora ex-ministro afirmou que não foi citado nas apurações e destacou que as irregularidades foram apoiadas pelos órgãos de controle do governo.
A operação, conduzida pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União, apontou um prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões aos aposentados entre 2019 e 2024. O esquema teria começado no governo anterior e continuado no atual, com associações cadastrando beneficiários sem autorização para descontar valores indevidamente. Foram apreendidos bens de luxo, como carros e joias, ligados aos investigados.
O presidente já havia determinado que as associações envolvidas fossem processadas para ressarcir os afetados. A saída do ministro era considerada inevitável, mesmo com o risco de desgaste político na base aliada. Um novo nome foi indicado para assumir a pasta, enquanto o INSS passa por mudanças em sua gestão.