O ministro da Previdência anunciou sua saída do governo após uma investigação revelar um esquema de desvios de recursos do INSS, que causou prejuízos bilionários a aposentados e pensionistas. Em publicação nas redes sociais, ele agradeceu ao presidente pela oportunidade e afirmou que seu nome não foi citado nas apurações, embora sua gestão já fosse alvo de críticas internas. O presidente do INSS, indicado por ele, também foi demitido recentemente, e um novo ministro foi nomeado para assumir a pasta.
A operação conduzida pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União identificou que associações vinculadas a aposentados realizavam cobranças indevidas, com assinaturas falsas, desde 2019. O prejuízo estimado chega a R$ 6,3 bilhões, e itens de luxo, como carros e joias, foram apreendidos com suspeitos envolvidos no caso. O governo afirmou que buscará ressarcir os atingidos e processar as entidades responsáveis pelas irregularidades.
A decisão pela saída do ministro foi considerada inevitável diante da crise, mesmo com sua tentativa de se distanciar das acusações e defender a punição dos responsáveis. Documentos obtidos pela imprensa mostraram que ele havia sido alertado sobre as irregularidades, mas demorou a agir. A mudança na liderança da Previdência ocorre em um momento delicado para a base governista no Congresso, que depende do apoio de partidos aliados.