O ministro da Previdência deixou o cargo nesta sexta-feira (2) após reunião com o presidente. Em seu lugar, foi anunciado o atual secretário-executivo da pasta, ex-deputado federal. A mudança ocorre em meio a investigações sobre supostos descontos não autorizados em benefícios do INSS, envolvendo um esquema que teria começado em 2019. Em publicação nas redes sociais, o agora ex-ministro afirmou que seu nome não foi citado nas apurações e destacou o apoio às investigações.
A operação conjunta da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União aponta irregularidades em parte dos R$ 6,3 bilhões movimentados por cobranças de mensalidades associativas entre 2019 e 2024. O INSS suspendeu os descontos após a deflagração da operação, e um grupo foi formado para buscar a devolução dos valores. O presidente afirmou, em pronunciamento, que os prejudicados serão ressarcidos.
A troca no comando do ministério ocorre após pressão política, incluindo pedidos de CPI e depoimentos na Câmara dos Deputados. O caso já levou à exoneração do então presidente do INSS e ao afastamento de outros dirigentes. Auditorias realizadas desde 2023 também identificaram inconsistências no tema, reforçando a necessidade de medidas para garantir a integridade do sistema previdenciário.