O ministro da Previdência deixou o cargo nesta sexta-feira (2) após reunião com o presidente. Em seu lugar, foi anunciado o ex-deputado e atual secretário-executivo da pasta, que assume a liderança do ministério. A mudança ocorre em meio a investigações sobre supostas irregularidades em descontos não autorizados de mensalidades associativas em benefícios do INSS, envolvendo valores que ultrapassam R$ 6 bilhões entre 2019 e 2024.
As investigações, conduzidas pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União, apontam que as irregularidades começaram em 2019 e continuaram nos anos seguintes. O caso já resultou na exoneração do então presidente do INSS e no afastamento de outros dirigentes. O agora ex-ministro afirmou em redes sociais que seu nome não foi citado nas apurações e destacou o apoio às investigações, esperando que os responsáveis sejam punidos.
O governo suspendeu os descontos em questão e criou um grupo para buscar a devolução dos valores desviados. O presidente reforçou, em pronunciamento no Dia do Trabalhador, que os prejudicados serão ressarcidos. Enquanto isso, deputados de oposição protocolaram pedido de CPI para investigar os sindicatos envolvidos no caso.