O ministro da Previdência Social pediu demissão do cargo nesta sexta-feira (2.mai.2025), nove dias após a Polícia Federal revelar investigações sobre um esquema de descontos irregulares em aposentadorias do INSS. O prejuízo estimado da fraude, ocorrida entre 2019 e 2024, é de R$ 6,5 bilhões. O ex-ministro se reuniu com o presidente antes da saída, e seu substituto foi indicado para assumir o cargo, marcando a 11ª mudança no governo atual.
A operação “Sem Desconto”, deflagrada pela PF, apura descontos não autorizados em benefícios de aposentados, realizados por entidades sem prestação de serviços. Auditorias identificaram falhas na verificação de autorizações e indícios de falsificação de documentos. Seis pessoas foram afastadas, incluindo o então presidente do INSS, e a Controladoria-Geral da União participa das investigações.
Documentos do Conselho Nacional de Previdência mostram que o tema foi alertado em junho de 2023, mas só entrou na pauta oficial em abril de 2024. O governo afirmou que as apurações foram apoiadas desde o início, enquanto o ex-ministro destacou que seu nome não foi citado nas investigações. Um novo presidente para o INSS foi nomeado na semana anterior, sinalizando mudanças na gestão do órgão.