O ministro da Previdência pediu demissão nesta sexta-feira (2) em meio a um escândalo envolvendo descontos indevidos de aposentados do INSS. A decisão ocorreu após pressão política decorrente de uma operação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU), que investigou cobranças irregulares por entidades não autorizadas. Embora o nome do ministro não tenha sido diretamente vinculado às irregularidades, avaliações internas indicaram falta de medidas eficazes para conter o problema.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou o atual secretário-executivo da pasta como substituto, cuja posse será formalizada em edição extra do Diário Oficial da União. Durante audiência na Câmara dos Deputados, o ex-ministro destacou que as investigações tiveram origem em auditorias internas do governo, reforçando que ações já estavam em curso para combater fraudes no sistema previdenciário.
O caso gerou desgaste político e foi explorado pela oposição, que avalia a criação de uma CPI para investigar o tema. O governo ressaltou os esforços recentes no combate a irregularidades, incluindo operações que resultaram em centenas de mandados e uma projeção de economia de R$ 1,1 bilhão aos cofres públicos. A mudança na liderança do ministério busca conter os danos e restaurar a confiança no sistema.