O ministro da Previdência declarou apoio à instalação de uma CPI mista para apurar um esquema bilionário de fraudes no INSS, afirmando que a sociedade merece respostas do Parlamento. No entanto, ele expressou preocupação de que a comissão possa interferir em investigações em andamento. O requerimento para a criação da CPMI, protocolado na semana passada, já conta com assinaturas suficientes de senadores e deputados, mas depende da aprovação do presidente do Senado para ser instalada.
Líderes partidários, incluindo representantes da oposição e do governo, demonstraram disposição para participar da CPI, desde que o foco seja a apuração dos fatos e não a disputa política. O PT sinalizou que assinará o requerimento, mas ressaltou a importância de evitar que a comissão se torne um palanque eleitoral. A bancada governista avalia que a investigação pode beneficiar o atual governo, já que parte das irregularidades teria ocorrido na gestão anterior.
Em conversas reservadas, aliados do Planalto demonstraram simpatia pela instalação da CPMI, acreditando que a linha do tempo das fraudes pode atribuir responsabilidades ao governo passado. A reportagem de um grande veículo de comunicação, que revelou denúncias de irregularidades já em 2020, fortalece esse argumento. A decisão final, no entanto, cabe ao presidente do Senado, que ainda precisa ler o requerimento em plenário.