O ministro da Fazenda revogou parcialmente o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) após receber críticas do mercado financeiro. A medida revertida envolvia a cobrança de 3,5% sobre aplicações de fundos nacionais no exterior, retornando a alíquota para zero. O ministro explicou que a decisão buscou evitar interpretações equivocadas sobre um possível controle indireto de fluxo de capitais, que poderia afetar a confiança dos investidores. A mudança foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União antes da abertura dos mercados.
Apesar da revogação pontual, outras medidas do pacote permanecem em vigor, como o aumento de alíquotas para compras internacionais com cartões (de 3,38% para 3,5%), a elevação para 3,5% na compra de moeda estrangeira em espécie e a criação de IOF para empréstimos externos de curto prazo. O governo estimava arrecadar R$ 20,5 bilhões em 2025 com o pacote original, mas o impacto fiscal será reduzido em cerca de R$ 2 bilhões após a revisão. O ministro destacou que não há mudanças previstas para operações como empréstimos consignados e financiamentos para pessoas físicas.
A decisão gerou repercussão negativa nas redes sociais, mas o ministro reforçou o compromisso com o ajuste fiscal e a disposição para diálogo com o setor privado. “Não temos problema em corrigir a rota, desde que o rumo seja mantido”, afirmou. O governo também sinalizou que pode ampliar o contingenciamento de despesas públicas, anunciado anteriormente em R$ 31,3 bilhões, para compensar a perda de receita.